Lugar de mulher é no tatame
O Mixed Martial Arts (Artes Marciais Misturadas), mais conhecido popularmente como MMA, se tornou um dos esportes mais “queridinhos” entre o público feminino. Com origem no final dos anos 90 e início dos anos 2000, o MMA moderno é um esporte de contato, que utiliza diferentes técnicas de artes marciais: socos, chutes e grappiling (a arte de controlar o corpo do oponente).
O grande sucesso do MMA é devido ao
Ultimate Fighting Championship (UFC), que no inicio tinha o objetivo de
encontrar a arte marcial em diferentes situações de combate desarmado. No
começo os lutadores não tinham nenhuma regra e nenhuma preocupação com o adversário.
Liziane Silveira, mais conhecida como Uga Uga, com 24 anos já está no MMA há
cinco anos. Sua relação com esportes de luta já é antiga, pois começou a lutar
capoeira e com sete anos muay thay quando ainda era pequena. A habilidade que
adquiriu ao longo do tempo lhe serviu para a profissão de segurança. A primeira
luta aconteceu só aos dezesseis anos, segundo ela a demora a competir foi
porque a luta não era tão reconhecida como é hoje e também porque não havia
tanto atleta. “Me identifico muito. Não luto por dinheiro, mas porque eu gosto
mesmo e venho treinando...”
Ao longo da carreira os preconceitos, por ser
mulher, foram vários. “Mulher em si já sofre
preconceito em tudo, mas nos quatro
cantos do planeta a gente ta. A mulher já ta tomando o seu espaço. Aqui na
academia antes das meninas
treitar, a gente só treina com os meninos, nos tratamos
igual, em cima do tatame eu sou igual a um deles. Porrada do mesmo jeito.”
Antes de
ingressar na carreira como lutadora, Liziane já trabalhou como modelo, foi
jogadora de vôlei, porém não se identificou com nenhuma das atividades, o que
realmente gostou foi à área de segurança onde conseguia unir profissão mais
paixão. O apelido Uga Uga surgiu quando ela jogava capoeira porque era muito
desleixada, só queria saber de brincar e jogar.
Marília
Moraes de 25 anos entrou na luta por pura vaidade, " eu comecei a treinar
porque era gordinha e queria emagrecer, logo depois fui me apaixonando" no
começo da carreira sua mãe não apoiava, mas com o tempo foi acostumando. Ela é
conhecida pelo apelido de Fanta, que é uma implicância de criança porque pintou
o cabelo de vermelho e ao descolorir começou a ficar laranja. Fanta, já
possui título brasileiro e treina há 11 anos, a sua maior dificuldade na carreira
foi no casamento, pois o marido não gostava lutar e ela teve que passar 4
anos fora do tatame. Por causa dessa distância da luta vários problemas
apareceram e um deles foi à depressão até entrou praticar outros esportes,
porém não conseguiu, e precisou voltar à luta.
Marília nunca deixou de acreditar
no seu sonho apesar da mulher ser desvalorizada e precisar se esforçar mais
para conseguir patrocínio, aguentar as piadinhas, ela continua firme e forte.
Apesar da "masculinidade", o seu lado feminino é bem aguçado, ama
rosa, adora usar salto alto, vestido, como convive bastante com homens ela
sente a necessidade de ficar cada vez mais feminina.
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